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Este estudo examina o impacto da financeirização na expansão da Educação a Distância (EaD) no Brasil, com foco na influência dos investidores e dos grandes grupos educacionais. A pesquisa analisa como a desregulamentação da EaD em 2017, seguida pelo crescimento acelerado durante a pandemia de COVID-19, moldou o setor, revelando uma crescente orientação para a rentabilidade financeira em detrimento dos objetivos educacionais. Utilizando uma abordagem de análise documental e revisão bibliográfica, o estudo investigou a composição acionária das principais empresas educacionais listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) e a atuação dos investidores institucionais e fundos de investimento.
Os resultados indicam que a financeirização tem direcionado o setor de EaD para atender às demandas dos investidores, evidenciando uma transição de foco para cursos de maior valor agregado, como Medicina, em resposta às pressões dos acionistas. Este movimento destaca uma prioridade crescente de maximização de lucro sobre a missão educacional, refletindo uma reconfiguração dos valores fundamentais do ensino superior no Brasil. O estudo contribui para a discussão sobre como a financeirização está transformando a educação em um produto de mercado, enfrentando desafios relacionados ao equilíbrio entre interesses financeiros e a qualidade educacional.