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Ter conhecimento sobre a dieta alimentar natural dos peixes é importante tanto para fornecer informações ecológicas sobre a sua nutrição, fazer levantamento faunísticos, quanto para obter dados que permita o cultivo desta em cativeiro. Larimus breviceps é uma espécie de  peixe que habita águas costeiras e estuarinas, e faz uso desses habitats como local de alimentação, abrigo e berçário. Essa espécie possui importância econômica e de subsistência no litoral paraibano. Entretanto, há pouca informação publicada sobre a ecologia e biologia dela na região. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi  descrever a alimentação das diferentes fases ontogenéticas de L. breviceps na zona de arrebentação de uma praia adjacente a um estuário no nordeste do Brasil, buscando avaliar influências espacial, sazonal e ontogenética no consumo das principais presas. Os peixes analisados foram capturados em duas áreas da praia de Miramar, Cabedelo-PB. A amostragem ocorreu mensalmente no período de maio de 2014 a junho de 2015, utilizando rede de arrasto de praia com malha 5 mm entre nós. No laboratório os indivíduos foram  identificados, classificados em juvenil, subadulto e adulto e posteriormente teve o estomago retirado e analisado. As presas foram identificadas até o menor nível taxonômico possível, foram quantificadas e expressas usando o Índice de importância relativa (IIR%), composto pela frequência de ocorrência (FO%), frequência numérica (N%) e frequência por peso (%P). Foram analisados 83 exemplares dentre eles indivíduos juvenis, subadultos e adultos. No geral 16 tipos de presas foram encontradas. Para os juvenis a presa mais importantes foi copepoda (88,36 %IIR), para subadultos foram copepoda (48,53 %IIR) e gammaridea (28,64 %IIR) e para adultos foram registrados gammaridea (26,02 %IIR) e camarão (13,93 %IIR). Ao avaliar variações ontogenéticas, espaciais e sazonais na dieta, a ANOVA detectou interação significativas (p<0,01) entre os fatores, para a ingestão em número e peso das presas Camarão, Copepoda, Fibras de nylon (lixo marinho), Macroalga e Gammaridea. Diante dos resultados podemos concluir que a dieta desta espécie varia em relação às fases ontogenéticas e com as mudanças sazonais e espaciais que ocorrem nesses habitats e que a mesma está exposta a ingestão de lixo marinho. Portanto, espera-se que esses resultados dêem subsídios para a fiscalização, monitoramento e conservação desta espécie.