Eventos Acadêmicos do IFPB, 6º Simpósio de Recursos Pesqueiros da Paraíba

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Avaliação do consumo de pescado na região de Cabedelo-PB e adjacências comparado a outros tipos de produtos cárneos
LUCIANA TRIGUEIRO DE ANDRADE, Diego José da Silva Rodrigues, Isthefani Vitória da Silva, Jardel Praxedes da Costa, Marinalva das Neves Loureiro, Lenietti Galiza Gama

Última alteração: 2019-09-05

Resumo


A média mundial de consumo de pescado é de 20 kg/hab/ano (FAO, 2018), porém, o brasileiro apresenta uma média de 9,5 kg nas mesmas condições. Resultados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) relatam que a maior ingestão de carne no país é procedente das aves, chegando à 40 kg/hab/ano. Dessa forma, este trabalho visou avaliar o consumo de pescado no município de Cabedelo e adjacências, comparando o mesmo com os demais produtos cárneos mais consumidos pela população local. Para isso, 54 pessoas, com faixa etária de 15 a 58 anos e 55,6% do gênero feminino, responderam um questionário composto por 13 perguntas, com auxílio da ferramenta “Google Formulários”. Os resultados demonstraram que, apesar de 92,6% dos participantes afirmarem que consomem pescado, este consumo é de, no máximo, duas vezes por semana, tendo as características sensoriais (75,9%) predominância sobre as nutricionais (38,9%), sendo o peixe o tipo de pescado mais consumido (74,1%). Já os outros tipos de carne aparecem na pesquisa com um consumo superior a três vezes por semana para 74% dos participantes, sendo a carne de aves a preferida por 50% e a bovina, por 48,1%, tendo como justificativa principal as características sensoriais apresentadas por esses tipos de proteínas (55,6%), sendo o fator preço mencionado por 31,5%. Ainda analisando os resultados, 77,8% dos participantes afirmou que, após esclarecimento sobre os benefícios da ingestão do pescado, provavelmente aumentaria seu consumo. Conclui-se, portanto, que o hábito de consumo do público pesquisado ainda é, predominantemente, de carnes de aves e bovinas, porém existe grande aceitação do pescado como fonte de proteína nas refeições, devendo ocorrer uma maior divulgação dos benefícios da ingestão do mesmo, de forma a conscientizar a população local, que tem fácil acesso a este tipo de proteína, da importância do seu consumo para a saúde, de forma a ser possível atingir a média mundial de consumo e incentivar esse ramo de atividade na região.