Margarida Maria Alves foi uma referência na luta pelos direitos das trabalhadoras e trabalhadores rurais e sua contribuição histórica no campo dos direitos humanos é referenciada até os dias atuais. Sua trajetória de vida serve de inspiração e força no enfrentamento à exploração do trabalho no campo.

A presente pesquisa teve caráter “exploratório” e “qualitativo”, pois se propôs a explorar um novo terreno que servirá de base para investigações futuras, sem que, para isso, se recorra a quantificações, e utilizou os métodos de procedimento “histórico” e “comparativo”, a fim de dialogar com a trajetória de vida de Margarida Maria Alves e relacioná-la com a realidade contemporânea das trabalhadoras rurais do município de alagoa Grande.

Atráves da memória de Margarida, muitas agricultoras e agricultores se espelharam em sua história, e se sentem mais fortes para lutar por seus direitos no campo, através da luta sindical. É nesse sentido que o tema da Memória é posto como central no conhecimento da verdade e da justiça na apuração de graves violações dos direitos humanos, como foi o caso do brutal assassinato de Margarida Maria Alves. Diante da luta pela efetivação de direitos, não é incomum que defensores de direitos humanos sejam perseguidos, criminalizados e assassinados enquanto reivindicam o “direito de lutar por direitos”. Assim, a luta de Margarida precisa ser constantemente resgatada e relembrada, para que possamos ter uma dimensão didática da história da comunidade do brejo paraibano.