Eventos Acadêmicos do IFPB, 4º Simpósio de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação

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LINGUAGEM SIMPLES APLICADA AOS SERVIÇOS AMBIENTAIS DIGITAIS DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO DA MATA E DO SERTÃO PARAIBANO
Francisley Carvalho

Última alteração: 2021-11-17

Resumo


Nos Estados Unidos em 1940, Rudolf Flesch desenvolveu a primeira fórmula  para medir a inteligibilidade de textos relacionando os resultados com o nível de escolaridade das pessoas.  A partir de então, surgem diversas iniciativas em busca da simplificação de textos, principalmente voltados à orientação de serviços públicos e relações de consumo (FISCHER, 2018).

A partir de 1970, o movimento ganhou força e adesão de servidores públicos, advogados, governo, imprensa e empresas de variados portes. Assim, às pessoas diante de uma burocratização textual excessiva, que dificultava a comunicação por meio de textos de governo e de consumo, estabeleceram a plain language (linguagem simples) como solução para simplificar a comunicação (FISCHER, 2018).

Esse movimento foi incrementado gradativamente em países de língua inglesa e outros pela Europa e atualmente já atingiu países da América do Sul, como Brasil, Colômbia, Argentina, dentre outros. O objetivo principal é promover a simplificação da linguagem do governo direcionada às pessoas, ou seja, reduzir o obscurantismo/burocracia existente nas comunicações de governo (FISCHER, 2018).

No Brasil, o termo plain language foi inicialmente traduzido como linguagem clara (termo utilizado em Portugal). No entanto, com o avançar dos estudos brasileiros, o termo se firmou como uma tradução literal do movimento internacional, ou seja, atualmente é conhecido como linguagem simples.

Nesse sentido, existe o Projeto de Lei nº 6256/2019, que institui a política nacional de Linguagem Simples nos órgãos e entidades da administração pública direta e indireta (BRASIL, 2019), tem como objetivo efetivar a aplicação dessa simplificação textual em todos os órgãos públicos.

Sobre o tema proposto já existem vários grupos de estudo e pesquisa (Grupo de Pesquisadores em Linguagem Simples - GPLS e da Rede de Linguagem Simples Brasil),  laboratórios de inovação (IrisLab, 011.Lab, Acessibilidade TT da UFRGS) e a empresa Comunica Simples, trabalhando para criar e melhorar as ferramentas de simplificação da linguagem existentes e aplicar nos serviços de governo oferecidos pelos órgãos brasileiros.

Além dos grupos e laboratórios de referência, a autora Heloísa Fischer, vem publicando livros e artigos sobre linguagem simples no Brasil e contribuindo para a discussão no projeto de lei no Congresso Nacional, portanto, é uma das bases desta pesquisa.

Assim, o trabalho tem relevância científica importante, na medida em que se propõe a identificar e analisar a linguagem aplicada nos serviços ambientais digitais oficiais oferecidos pelas secretarias de meio ambiente dos municípios da região da mata e do sertão paraibano, com objetivo de sugerir possíveis melhorias com base nas técnicas de leiturabilidade e linguagem simples.



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