Eventos Acadêmicos do IFPB, 4º Simpósio de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação

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A LIBERDADE EM “O CORTIÇO”: ANÁLISE COMPARATIVA DA LITERATURA AOS QUADRINHOS.
Crislayane da Silva Ribeiro, Zuila Kelly da Costa Couto Fernandes de Araújo

Última alteração: 2021-11-17

Resumo


Segundo dados do Pisa 2018[1], aproximadamente 50% dos brasileiros não atingiram o nível de proficiência que todos os jovens deveriam atingir até o final do ensino médio. Entendendo que, o processo de formação de leitores na educação básica deve contemplar uma visão ampla do papel da linguagem e a escola é quem contribui para a formação desse leitor crítico, foram surgindo programas nacionais de incentivo à leitura desde meados dos anos 2000 na tentativa de superar esta condição apresentada. Esses programas, disseminando obras que mantêm a relação entre os conteúdos previstos e ainda despertam a atenção dos leitores, impulsionaram a produção de clássicos da literatura brasileira transpostos para a linguagem dos quadrinhos. Assim, surge o questionamento central da pesquisa sobre quais seriam as contribuições da leitura de quadrinhos para o desenvolvimento de múltiplos letramentos entre os estudantes do ensino médio.

O trabalho aqui apresentado trata-se de uma amostra do que foi desenvolvido no projeto “Contribuições da Leitura de Quadrinhos para os Múltiplos Letramentos: Produção de Portfólios de Leitura a partir de Adaptações dos Clássicos da Literatura Brasileira” aprovado em 2020 no edital n° 18/2020 do PIBIC-EM.

Os resultados totais serão apresentados no relatório final do projeto. Para fins de exposição nesta apresentação; acreditando no uso de narrativas gráficas como estratégia para a formação de um leitor literário mais crítico e com um maior repertório sociocultural; a amostra escolhida tem como escopo a análise comparativa entre as obras O Cortiço de Aluísio de Azevedo e a sua adaptação quadrinizada pelo roteirista Ivan Jaf e o ilustrador Rodrigo Rosa.

O estudo tem como base as teorias de representação de Scott McCloud (1995) e Waldomiro Vergueiro (2014), enfatizando as representações das personagens Bertoleza e João Romão, compreendidas por meio da crítica social estabelecida pelo autor naturalista e também adaptada para a linguagem dos quadrinhos

[1] O Programa Internacional de Avaliação de Alunos, por meio de provas de Leitura, Matemática e Ciências, mede o nível educacional de jovens de 15 anos.


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