Eventos Acadêmicos do IFPB, 4º Simpósio de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação

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CONHECIMENTO DE DIREITOS HUMANOS E RELAÇÕES DE DOMINÂNCIA SOCIAL
Maria Aparecida Alves Sobreira Carvalho

Última alteração: 2021-11-17

Resumo


O objetivo deste trabalho é analisar a relação entre o conhecimento de direitos humanos e o construto Dominância Social na relação entre estudantes e docentes da Educação Superior. Tendo em vista que deve ser desenvolvida uma política genérica contra a violência na Educação que aborde as várias formas de discriminação sem disciplinar, assimilar, omitir ou negar qualquer forma de expressão das diferenças. Partirmos de um delineamento de pesquisa quantitativo, com a participação de 211 estudantes e 60 docentes vinculadas a um Campus do Instituto Federal da Paraíba. Estes responderam a um questionário contendo questões sociodemográficas, sobre conhecimento em direitos humanos e da Escala Social (Social Dominance Orientation Scale). Neste estudo, a escala apresentou boas propriedades psicométricas, os índices de ajuste do instrumento foram considerados adequados. Os (as) docentes e estudantes que apresentaram maior média de Dominância Social representam 24% do total da amostra (n= 65), sendo 86,2% de estudantes (n=56) e 13,8% de docentes (n=9). O teste t de Student que demonstrou que docentes tiveram escore estatisticamente maior do que estudantes, podendo vincular os docentes à tendência liberal de educação. O teste t para amostras independentes mostrou uma diferença estatisticamente significativa entre o conhecimento dos (das) docentes sobre os diversos conteúdos de Educação em Direitos Humanos e o conhecimento dos estudantes, indicando que não existe significância estatística na relação que sustente que o maior conhecimento em EDH esteja vinculado ao menor Dominância Social, ou seja, ao maior apoio às políticas de igualdade. Conclusão: a instituição em análise, como qualquer outra instituição de educação, é desafiada a assumir que a tendência à dominância social é um processo estrutural, reconhecendo o seu impacto no desenvolvimento das relações de aprendizagem e na formação docente, precisando de forma sistemática investir em mecanismos de enfrentamento para garantir justiça e igualdade.

 


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