Eventos Acadêmicos do IFPB, 4º Simpósio de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação

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AVALIAÇÃO EM DISCIPLINAS DE DESENHO TÉCNICO: UM ESTUDO NO IFPB – CAMPUS PATOS.
Angela Araujo Nunes, João Paulo Marçal de Souza, Kleber Enrique da Silva Sobrinho

Última alteração: 2021-11-24

Resumo


É perceptível como a retirada das disciplinas de Desenho Geométrico e Geometria Descritiva das grades curriculares do ensino básico dificultaram o ensino do desenho técnico nos Cursos Técnicos e Superiores. Na situação de salas superlotadas, os professores tem enfrentado a deficiência no aprendizado e a dificuldade no acompanhamento do desenvolvimento discente. Diversos estudos e autores demonstraram que o caminho para o sucesso escolar, reside nas oportunidades e meios didático-pedagógicos a aprendizagem através de metodologias que permitam a integração aluno-professor na sala de aula, reconhecendo a avaliação como parte fundamental no processo do ensino (Luckesi, 2018). Assim, fez-se um estudo dos processos avaliativos nas disciplinas de Desenho Técnico e Desenho Básico e Técnico ofertadas nos Cursos de nível Técnico Integrado, Técnico Subsequente e Superior do Campus Patos durante o ano de 2019. Através de Pesquisa Bibliográfica e Revisão da Literatura, pode-se destacar autores e escritos sobre a avaliação, o ensino de desenho técnico e a possibilidade de inserção de novas metodologias, para citar alguns:  Araújo (2011), Bittencourt e Velasco (2000) Ferreira e Santos (2019) Hoffmann (2019) Loder (2007) Luckesi (2011) Moreira e Rangel (2015), Moreira (2010) Perrenoud (1999) Tamashiro (2003). Na sequência, foram investigadas as disciplinas, através das ementas adquiridas no site oficial da instituição e com uso de entrevistas concedidas ao Projeto de Pesquisa do Método CAPDA. Foi possível diagnosticar a metodologia desenvolvida por cada professor, para submetê-las às análises segundo as leituras da fase de pesquisa e revisão. Para neste momento, ser realizada a análise parcial do andamento da pesquisa, conforme o planejamento que estabeleceu as quatro etapas: 1) Revisão, 2) Exame, 3) Proposta e 4) Finalização. Percebeu-se que as metodologias dos professores tinham muita similaridade, mesmo havendo diferenças nos instrumentos avaliativos e na correção das atividades. Chegou-se ao entendimento que os professores usavam, de maneira geral, avaliações com função classificatória (SANT’ANNA, 2014), que acabam por hierarquizar o rendimento dos alunos segundo níveis de aproveitamento definidos pelos docentes, sendo realizadas ao fim de unidades/semestres/bimestres, com instrumentos como exames, provas e trabalhos. Assim, viu-se a chance de propor alternativas para melhorias no processo de ensino-aprendizagem. Pressupor o rompimento com essa lógica da avaliação da aprendizagem tradicional, é repensar a educação como um todo, a relação professor/aluno, o papel do Ensino Médio e do Ensino Superior como ambiente de formação docente e profissional (HOFFMANN, 2019). E reestruturar a aprendizagem para tornar o aluno um agente ativo na aquisição de conhecimento e fazendo do professor um agente mediador do processo (FERREIRA; SANTOS, 2019), sugerindo a adoção de uma prática avaliativa mediadora, distante da prática classificatória, ao se opor ao esquema “transmitir-verificar-registrar” (HOFFMANN, 2019). Viu-se que a avaliação era concebida como um objeto isolado, dissociado do processo de ensino-aprendizagem, como um mero instrumento de aferição, sem interferir na correção do erro discente. Ao avançar da pesquisa, as percepções foram progredindo, foram sugeridas duas ferramentas: questionário de aprendizagem e rubrica dirigida. Ficando cada vez mais evidente a possibilidade de dinamizar o ensino através da ação do professor como mediador do conhecimento, com apoio das ferramentas de análise para promover o aprendizado e não apenas julgar e classificar o aluno pela nota, como se propôs na quarta etapa da pesquisa.

 


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