Rhipicephalus microplus é um ectoparasito hematófago que infesta bovinos, responsável por causar grandes prejuízos econômicos. Dessa forma, torna-se um dos responsáveis pelas limitações na rentabilidade da bovinocultura brasileira. Estima-se que há uma perda de cerca de 3,24 bilhões de dólares/ano em decorrência do impacto do parasitismo no gado do Brasil (GRISI et al., 2014). Predominantemente, o controle de R. microplus em bovinos é feito através da utilização de produtos químicos. A disponibilidade e fácil aquisição dos produtos, tornam as condições ideais para o desenvolvimento de resistência aos diversos grupos químicos de ectoparasiticidas existentes, principalmente ao grupo dos piretróides, organofosforados e das lactonas macrocíclicas, por serem os mais utilizados e os mais conhecidos, entretando os grupos, formamidinas e fenilpirazóis não se encontram livres de possíveis resistencias. Posto isso, são importantes os estudos sobre resistência a acaricidas nas populações desses ectoparasitos, que auxiliarão na escolha correta dos princípios ativos capazes de controlar infestações, assim como empregar novas técnicas de identificação da resistência, para que se obtenha mais informações acerca dos mecanismos envolvidos na resistência aos carrapaticidas. Logo, objetivou-se realizar testes de eficácia por bioensaios larvais in vitro em uma propriedade com suspeita de resistência a Fipronil, além de avaliar outras quatro classes de compostos: organofosforados, lactona macrocíclicas, formamidinas e piretróides sintéticos, no Semiárido Paraibano.